O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (14), em entrevista à Rádio Gaúcha, que eventuais erros e acertos do governo “não podem ser debitados” na conta das Forças Armadas.
Ele deu a declaração ao ser questionado sobre a nomeação de mais um militar para chefiar um ministério, o general Braga Netto, novo ministro da Casa Civil. Com isso, todos os ministros que têm gabinete no Palácio do Planalto são militares.
O próprio Mourão e também o presidente Jair Bolsonaro são militares da reserva.
Mourão afirmou que a gestão do presidente tem a preocupação, desde o início, de deixar claro que as Forças Armadas e o governo são entidades diferentes.
Nesta quinta (13), Bolsonaro anunciou que Braga Netto assumiria no lugar de Onyx Lorenzoni, que foi para o Ministério do Desenvolvimento Regional.
De acordo com o Mourão, o presidente entendeu que as trocas vão dar mais “agilidade” e “capacidade de negociação” nas conversas do governo com o Congresso. O vice-presidente afirmou que o Executivo entregou “muita coisa” para ser votada no parlamento, porém recebeu pouca de volta.
“As mudanças que o presidente Bolsonaro promoveu são mudanças que considerou necessárias no sentido de dar mais agilidade, mais capacidade de negociação. Digamos também que ele julgou que a articulação política não andou da forma necessária. Nós entregamos muita coisa para o Parlamento e recebemos muito pouca coisa de volta. Apesar do parlamento ter aprovado a reforma da previdência, que foi uma coisa extraordinária e ser um parlamento reformista”, disse Mourão.
G1