O fim do relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e Sérgio Moro chegou ao fim, nesta sexta-feira (24), após o ex-juiz anunciar que não tocaria mais a pasta da Segurança. Logo, o assunto dominou as redes sociais e autoridades alagoanas fizeram questão de repercuti-lo.
Na opinião do senador Renan Calheiros (MDB/AL), que Moro sai atirando no fascismo que defende e ajudou a fabricar. “Os crimes de responsabilidade apontados por ele são estarrecedores e gravíssimos: controlar investigações, blindar filhos, interferir na PF para ter acesso a relatórios sigilosos são o fim da linha. Com Nixon foi assim”.
Já o ex-procurador de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, que deixou a magistratura para se lançar pré-candidato à Prefeitura de Maceió, foi um dos primeiros a postar no Instagram a foto ao lado de Moro, agradecendo a parceria firmada durante sua passagem pela presidência do Grupo Nacional às Organizações Criminosas. “O Brasil não pode retroceder na luta contra o crime organizado. Vamos manter intactos nossos valores fundamentais pela ética e pela retidão, sempre em nome do Estado, concluiu Mendonça”.
O senador Fernando Collor (PTC) postou que Sérgio Moro “fez revelações gravíssimas, que deixam o governo numa posição constrangedora e vulnerável”. Destacou ainda que “o quadro institucional é nebuloso”.
O deputado Rodrigo Cunha (PSDB), bastante dedicado às redes, também não deixou a oportunidade de lado e publicou uma foto ao lado de Moro. Frisou que o ex-juíz mudou o patamar no combate à corrupção no país.
“No governo, tornou-se símbolo de que a intolerância aos desmandos e aos crimes de colarinho branco seria o norte da atuação do Ministério da Justiça. Poucos dias antes do início da pandemia, conversamos para tratar da criação da primeira delegacia especializada no combate à corrupção de Alagoas, para a qual destinei recursos. Moro deu total apoio a essa iniciativa. Sua saída do governo num momento em que não podemos descuidar da grave chaga da imoralidade na política e no setor privado é lamentável”.
Até o fechamento desta matéria, nem o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, tampouco o governador Renan Filho (MDB) haviam se posicionado sobre o assunto.