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Guitarrista Guilherme Held vai além da influência de Lanny Gordin no primeiro álbum

1 de outubro de 2020
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Guitarrista Guilherme Held vai além da influência de Lanny Gordin no primeiro álbum
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♪ Proeminente em discos e shows produzidos na cena paulistana ao longo dos anos 2010, o toque pontiagudo da guitarra de Guilherme Held sempre deixou evidente que o músico paulista – nascido em Araçatuba (SP), mas há anos em cena no organizado caos cinzento da cidade de São Paulo (SP) – é discípulo de Alexander Gordin.

Guitarrista made in China, Lanny Gordin – como é conhecido artisticamente no Brasil este músico fundamental na criação da identidade musical da Tropicália – é seguido por Held com devoção e também com a certeza de que ele próprio, Held, já deixou marcas na música brasileira contemporânea do século XXI com os toques psicodélicos, climáticos e/ou roqueiros da guitarra Gibson de seis cordas.

Tanto que discípulo e mestre se irmanam sob os improvisos livres de Pingo d’água (Guilherme Held e Lanny Gordin), música que encerra o primeiro álbum de Held, Corpo nós, programado para chegar ao mercado fonográfico na sexta-feira, 2 de outubro.

O encontro legitima a trajetória de Held, mas não espere ouvir no disco muitos solos da guitarra Gibson 335 manuseada pelo músico com metade das 12 cordas originais. Em Corpo nós, Held quer conquistar ouvintes com a rebuscada trama de timbres que encorpam repertório autoral e que vão além do universo musical de Gordin.

É o compositor que pede passagem no disco, se sobrepondo ao guitarrista, por mais que haja eventuais experimentações feitas na guitarra – como na gravação de O homem triste (Guilherme Held e Romulo Fróes), música cantada por Iara Rennó – e por mais que haja também um ou outro solo, como o feito na introdução já aliciante da inspirada música que abre o álbum, Tempo de ouvir o chão (Guilherme Held e Clima), composta com evocações intencionais do cancioneiro de Milton Nascimento no Clube da Esquina.

A voz principal é a de Juliana Perdigão, mas a faixa também embute a voz de Romulo Fróes – diretor artístico do álbum gravado com farta produção musical orquestrada pelo próprio Held – e a do próprio dono do disco.

Há também algo de Milton Nascimento em O que eu quero ser, música de Held letrada por Fernando Catatau, outro guitarrista sobressalente da geração brasileira pós-anos 2000. Catatau canta a composição em contraponto com a voz viçosa de Filipe Catto, também intérprete da faixa.

Na segunda das 17 faixas do disco, Held dispara o grande petardo de Corpo nós, Pólvora, rock explosivo, composto pelo artista com Tulipa Ruiz, aguda solista vocal da faixa formatada com a guitarra de Gustavo Ruiz somada à de Held.

Já a música-título Corpo nós – letrada por Alice Coutinho e cantada por Juçara Marçal – derrama versos ardentes sobre o ato da amamentação em gravação que destaca o sopro quente do trombone de Allan Abbadia e os teclados de Dustan Gallas. Houve a intenção de realçar na faixa um sotaque afro-brasileiro que, na prática, fica mais evidenciado no tema instrumental Sorongo (Guilherme Held), arranjado pelo maestro Leiteres Leite.

Corpo nós é álbum que exige atenções. É disco longo, com 17 faixas, sem vinhetas. É álbum de absorção lenta por conter músicas de inusitados contornos melódicos e harmônicos, dominados por intérpretes fora da curva como Ná Ozzetti, solista de Direito humano (Guilherme Held e Nuno Ramos), música cuja letra dialoga com versos do samba Me deixa em paz (Monsueto Menezes e Airton Amorim, 1951).

Rapper que teve o caminho cruzado com o de Held no definidor álbum Nó na orelha (2011), Criolo é parceiro e convidado do guitarrista em Laço de fita, faixa amarrada com o sopro black do arranjo de metais. A música exalta o brilho e a beleza negra, em discurso potencializado pelos improvisos de Criolo.

Composição embebida nessa mesma beleza, Me conta o vento (Guilherme Held e Curumin) também espalha o suingue negro, reverberando influências do soul de Cassiano e do guitarrista norte-americano Curtis Mayfield (1942 – 1999) em grande momento do disco.

Já Isso é o que se diz irmão (Guilherme Held e Clima) tenta acender a fogo dos terreiros com batuques e as vozes de Maria Gadú e de Romulo Fróes, além dos metais arranjados por Thiago França. É mais ou menos a formação usada para registrar o afro-samba A cura (Guiherme Held e Kiko Dinucci), música gravada com as vozes de Marcelo Pretto, Ney Sigma e Iara Rennó.

Em tom mais sereno, Manhã da vida (Guilherme Held e Romulo Fróes) permite ao guitarrista se exercitar no estilo chord melody, levando harmonia e melodia no toque mais agudo da guitarra. Já Rosa bela (Guilherme Held e Nuno Ramos) floresce como samba, com a voz de Mariana Aydar, o cavaquinho de Rodrigo Campos, o toque incisivo da guitarra de Held e o sopro do trombone de Allan Abbadia em estranha e bonita harmonia.

Thalma de Freitas é parceira e convidada de Held em O alvo, música menos sedutora no conjunto da obra autoral do artista no álbum Corpo nós. A faixa tem clima psicodélico. Pra bem perto de mim traz a voz cool de Rubel, autor da letra e da melodia criadas a partir de harmonia de Held. A alegada inspiração na atmosfera do álbum Carlos, Erasmo (1971) é nítida.

Faixa de vibe disco-punk (mal) cantada por Péricles Cavalcanti, parceiro de Held na composição, Bem maior que o mundo completa a safra autoral de Corpo nós, disco ambicioso, de repertório valorizado pela riqueza de timbres de um artista que, em vez de se posicionar de forma egocêntrica como guitar hero, abre espaço no próprio álbum para outros instrumentistas e para outras vozes, transitando por vasto universo musical em que sintetiza influências de Lanny Gordin sem se prender às referências do mestre tropicalista da guitarra.

Mauro Ferreira/G1

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