A unidade do Carrefour em que o cidadão negro João Alberto de Freitas foi morto espancado por dois seguranças brancos abriu as portas pela primeira vez nesta segunda-feira (8). A loja estava fechada desde sexta-feira (20).
A loja reabriu às 8h, e uma hora antes o estacionamento foi liberado para clientes acessarem o local. Uma funcionária, que não quis se identificar, resumiu o sentimento de voltar ao trabalho: “Bem difícil”.
O vigilante Alexandre Moreira Oliveira, que é morador do bairro e passa todos os dias em frente ao supermercado, falou sobre a morte do cidadão negro. “Desumano foi. A gente é preparado pra abordar e tirar pessoas, não bater. É triste. Nós passamos por preconceito direto e isso só indigna”.
João Beto morreu no local, na noite da véspera do Dia da Consciência Negra, aos 40 anos. Foram presos pelo crime duas pessoas que atuavam na vigilância da loja: o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e o segurança Magno Braz Borges, de 30.
A delegada Roberta Bertoldo afirmou na sexta-feira (20) que colheria depoimento de todos os que “assistiram passivamente” ao crime.
G1