Redação
A questão da diminuição da tarifa de ônibus por parte da Prefeitura de Maceió continua a repercutir. Após o Ministério Público Estadual (MPE) solicitar o estudo que levou à redução da passagem, o secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Ricardo Santa Ritta, comentou com um tom irônico o pedido do órgão.
“A redução da passagem em Maceió foi de 8%. Tem uma entidade misteriosa em Alagoas que está sendo contra essa ideia [de tornar a passagem mais barata]. Eles bem que poderiam ter um corte de 8% no orçamento próprio. Já pensou ser o órgão mais barato do Brasil?”, cutucou o chefe da pasta do Turismo, brincando com a sigla MP, em suas redes sociais.
Para enviar o ofício ao prefeito JHC, o MP usou a justificativa do impacto no equilibro financeiro. “O Ministério Público esclarece que é a favor e sempre defendeu a modicidade tarifária, ou seja, o menor preço do valor da passagem, em benefício do usuário. Apenas, por imposição legal , assim como faz quando o valor da passagem é aumentado, precisa saber as razões técnicas que fundamentaram a redução”, disse o promotor Jorge Dórea.
Disputa
O valor da passagem reduziu R$ 0,30, de R$ 3,65 para R$ 3,35. Nesta mesma semana, os rodoviários, em protesto a falta de reajustes e cortes de benefícios, estão atrasando a saída do transporte coletivo da garagem. Existe, ainda, a possibilidade de uma greve geral já na próxima semana.
Sobre o assunto, O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb) disse que perdeu em média 50% dos passageiros com a pandemia e que vem fazendo o possível para honrar os compromissos.
“O Sinturb enxerga a greve como ilegal em um período delicado para as empresas. Uma possível paralisação trará ainda mais prejuízos para o setor, dificultando o funcionamento do serviço e o fechamento de contas”, rebateu.
Em relação a esses impactos negativos, JHC disse que vai acompanhar todos os desdobramentos da situação, mas acredita que, diante da ampliação de 10 linhas de ônibus, o faturamento das empresas deve melhorar e, consequentemente, as condições dos trabalhadores do setor ficarão mais estáveis.