Da Redação
Convidado para a reunião desta quarta-feira (24) envolvendo chefes dos poderes Legislativo e Executivo, Renan Filho se encontrou com Jair Bolsonaro e ministros para discutir novas medidas de combate à Covid-19. Após o encontro, ocorrido em Brasília, o governador de Alagoas disse que o presidente não tem convicção.
A entrevista foi concedida ao portal nacional UOL, na qual Renan Filho contou que o clima da reunião foi de constrangimento geral, pela inflexibilidade do discurso de Bolsonaro, e que não acredita em mudanças significativas.
“Ele tem muita dificuldade com a questão do isolamento, assim como a questão das UTIs, do tratamento, da necessidade dos hospitais. A gente vê toda hora os filhos deles questionando isso. Eu inclusive falei na reunião que, enquanto estávamos ali, havia 30 mil brasileiros em leitos UTI e 150 mil hospitalizados”, disse ao UOL.
A intenção do encontro, para além das medidas contra o coronavírus, foi também melhorar a relação entre os poderes, que estão divergindo entre as soluções. No entanto, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que têm proferido críticas intensas ao presidente, não foram convidados. Além do alagoano, mais cinco governadores participaram da conversa.
A criação de um comitê contra a pandemia foi definido por Bolsonaro em parceria com o Congresso, que fará uma interlocução direta com os governadores.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, estiveram na reunião, e, segundo o governador, defenderam as medidas dos especialistas, mas até certo ponto, uma vez que são aliados do Governo.
Já sobre o discurso do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Renan Filho contou que sentiu um discurso mais técnico.