Redação
Os rodoviários de Maceió não conseguiram chegar a um consenso com os empresários e podem deflagrar greve geral após uma assembleia, marcada para ocorrer no sábado (03). A tendência, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL), é de que a paralisação se confirme.
No caso, a classe pede a manutenção de dois benefícios: ticket alimentação e plano de saúde. Em audiências com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), porém, a categoria não chegou a um acordo com os donos das empresas sobre os itens.
Segundo o sindicato, desde o começo do ano, quando começaram as tratativas com o sindicato patronal quanto à negociação da data base atual, os empresários manifestaram sua posição de não mais arcar com os dois benefícios que já haviam sido conquistados a alguns anos. A alegação deles é a queda no número de passageiros, ocasionada pela Pandemia, além da redução do valor da tarifa de ônibus autorizada pelo prefeito João Henrique Caldas.
Diante da imposição do patronato, os trabalhadores vinham desde fevereiro, já insatisfeitos pelo atraso de dois meses do pagamento dos benefícios, em vias de realizar a paralisação, quando passaram a contar com a mediação do MPT na tentativa de resolução da questão.
A gota d’água que culminou com a marcação da assembleia extraordinária deste sábado, foi a última audiência, ocorrida no dia 30 de março, onde, mesmo com o anúncio da Prefeitura de que subsidiará em R$ 1 milhão e meio o transporte público e isentará as empresas do pagamento do ISS (Imposto sobre serviços), o que resultaria em mais R$ 1 milhão de economia para o setor, elas se negaram a dar continuidade aos benefícios nos moldes em que vinham sendo pagos.
Segundo Sandro Reges, presidente do Sinttro/AL, em panfletagem realizada na manhã de hoje, nas garagens, para convocar a categoria para a assembleia, a grande maioria dos trabalhadores já sinalizou pela realização de greve por tempo indeterminado. “Não temos mais opção a não ser lutar por nossos direitos, e a única alternativa viável diante da falta de humanidade dos empresários, que estão tirando o pão da nossa mesa e o nosso plano de saúde em plena pandemia, é paralisar geral. Esse é o discurso unânime da nossa categoria que será, provavelmente, ratificado na assembleia de sábado”, declarou Reges.
com assessoria