Redação
O presidente Sandro Reges, do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro), confirmou que os ônibus em Maceió só sairão da garagem a partir das 12h, desta terça-feira (06) até a quinta-feira. Ele aproveitou a entrevista concedida à Folha/Mix para dizer que as empresas mentem quando afirmam que os trabalhadores querem aumento.
“Os trabalhadores estão querendo manter o que já tinham antes, que são o ticket-alimentação de R$ 500 e o plano de saúde de R$ 120, pagos pelas empresas. Mas os empresários insistem em dizer que os rodoviários estão querendo aumento, o que não é verdade”, disse Reges.
Hoje, em nova reunião de conciliação com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o impasse permaneceu, acarretando na deflagração da greve. Na sexta-feira, ainda está prevista uma paralisação geral, com apenas 30% da frota em circulação durante todo o dia.
“Esperamos que ainda durante o dia de amanhã, o prefeito (JHC) tome uma posição sobre essa questão, porque o prefeito da cidade é o responsável por essa questão do transporte. As empresas são privadas, mas prestam um serviço público. A gente espera que o prefeito tome uma posição com relação a essas empresas, já que ele está aportando um volumoso valor nas empresas, e elas insistem em dizer que o valor não dá para custear os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
A proposta feita pelos empresários, segundo o líder sindical, foi para que os funcionários arcassem com mais R$ 50 na parte do plano de saúde, além da perda de R$ 300 no ticket.
Dizendo que a oferta é inaceitável, Sandro Régis contou que a postura do Sinturb, que vai acionar a Justiça, é de falta de respeito com os trabalhadores.
“Os trabalhadores estão passando momentos de muitas dificuldades. Há relatos de trabalhadores passando fome. Não faz vergonha dizer que os trabalhadores estão passando o pior momento, pois são três tickets atrasados. De janeiro até agora, apenas R$ 450 foram pagos”, desabafou.
O Sinttro pediu uma reunião dos trabalhadores com JHC para tentar viabilizar essa falta de acordo.
“Espero que o prefeito sente com os trabalhadores, entenda a necessidade de apoio da prefeitura, porque o prefeito está fazendo a parte dele: diminuiu a tarifa para trazer mais passageiros; agora prometeu o passe estudantil. Mas os estudantes não vão andar de graça, o prefeito vai bancar o valor inteiro da passagem, que isso fique bem claro. Então, é uma falta de respeito dos empresários não só com os trabalhadores, mas também com o prefeito e a população. Se o prefeito está ajudando as empresas, por que eles não querem cumprir com aquilo que os trabalhadores precisam?














