Por Leonardo Ferreira
A crise provocada pela pandemia aparenta estar ficando para trás na Equatorial Energia. A empresa, que atua em Alagoas, Piauí, Maranhão, Pará e agora no Rio Grande do Sul, apresentou lucro líquido de R$ 447 milhões durante o segundo trimestre deste ano.
O montante representa crescimento de 15,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. O balanço da Equatorial, analisado pela agência Reuters, apresentou lucro de R$ 1,2 bilhão antes de juros, impostos, depreciação e amortização, impulsionado especialmente pelo segmento de distribuição.
A Equatorial também acumulou receita operacional trimestral de R$ 4,7 bilhões, avanço de 22,7% no ano a ano. Em Alagoas, o crescimento nas operações foi de 7,2%.
Reclamações no estado
Campeã de reclamações no Procon, a Equatorial convive com queixas da população quanto a problemas como falta e oscilação de energia, corte indevido e tarifa elevada. Em junho, o deputado federal Marx Beltrão chegou a protocolar ofício ao Ministério Público Federal para apuração dos relatos de abusos.
Também em recente conversa com a Folha, a presidenta Dafne Orion, dos Urbanitários de Alagoas, classificou a atuação da empresa até aqui como “insatisfatória”. O investimento prometido, mas ainda não posto em prática, é outro ponto criticado cotidianamente.
“Precisamos cobrar do Poder Público que atue de forma mais enérgica na fiscalização dos serviços da Equatorial. Então, nós temos interesse que a Equatorial cumpra de fato o que ela veio fazer em Alagoas, afinal ainda emprega, mesmo que em quantitativo inferior, muitos trabalhadores. Nosso desejo é que o atendimento seja melhorado para a população”, afirmou Dafne.














