Redação
Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros afirmou que os trabalhos da comissão estão diminuindo a popularidade de Jair Bolsonaro e que não há risco do presidente se reeleger nas eleições de 2022.
A afirmação foi proferida durante o 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, no qual o senador participou como convidado. “Avalio que, sob nenhuma hipótese, correremos o risco de ter a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. O desespero dele é consequência disso”, disse Renan.
Além de falar que a CPI ajudou na queda da aprovação de Bolsonaro, o senador disse que os atos marcados para o dia 07 de setembro refletem o medo que o presidente tem de responder na Justiça pela sua má condução na pandemia.
“A CPI cumpriu um papel importante nessa erosão de popularidade do governo. Não era isso que pretendíamos, mas vimos ao longo dos últimos meses uma completa erosão de popularidade”, ponderou.
“Essa coisa de golpe, ameaça, insinuação, pode continuar a acontecer, mas muito em consequência do desespero do presidente, que na medida em que vê a possibilidade de reeleição evaporar, teme ter de responder penalmente pelo que fez com o país no enfrentamento da pandemia”, concluiu Calheiros.
Arthur Lira
Diante da crise entre os poderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, voltou nesta terça-feira (24) a tentar mediar a confusão institucional que paira em Brasília, afirmando que nada disso ajuda na resolução de pautas prioritárias para os brasileiros.
“O embate das redes e das trocas de notas oficiais com afirmações e desmentidos não ajuda a encher barriga, não apoia ou acolhe quem precisa, não gera postos de trabalho, não baixa o preço do gás de cozinha ou gasolina, muito menos acelera os números de brasileiros vacinados”, refletiu Lira.