Redação
O Ministério Público Eleitoral informou que vai apurar a equivocada divulgação antecipada do resultado da eleição de Campo Grande, no Agreste alagoano, ocorrida no último domingo. Segundo o órgão, o intuito da revelação pode ter sido a intenção de levantar dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação.
No caso, Téo Higino (Republicanos) foi eleito com apenas nove votos a mais que Cícero Pinheiro (MDB). Porém, poucas horas antes do resultado oficial, correligionários do emedebista haviam dito que o candidato venceu o pleito e já comemoravam pelo município.
Essa divulgação sem confirmação oficial pelos tribunais eleitorais (TSE e TRE/AL) desencadeou uma série de notícias não checadas fazendo a sociedade alagoana acreditar num falso resultado.
Diante dos questionamentos ao resultado, o MP Eleitoral manifestou apoio à atuação do promotor Lucas Mascarenhas na condução e fiscalização da eleição suplementar.
De acordo com os órgãos, não houve irregularidades no sistema eleitoral de votação e apuração durante o processo de eleição suplementar. A atuação do promotor e do juiz Eleitoral, assim como das forças policiais, garantiu que tudo ocorresse dentro da normalidade esperada para o pleito.
Ainda segundo eles, a divulgação antecipada e equivocada revelou erro no somatório dos votos registrados nos boletins de urna ou deliberada má-fé, a fim de provocar na população dúvidas infundadas sobre a segurança e confiabilidade do sistema eletrônico de votação, o que merece ser apurado.
Para a procuradora regional Eleitoral Raquel Teixeira, “toda confusão envolvendo o resultado das eleições pode refletir apenas o afã de correligionários que não tiveram atenção aos números registrados nos boletins de urna, mas também pode ser resultado de uma atuação orquestrada a fim de provocar na população, propositalmente, o sentimento de desconfiança sobre o voto eletrônico. Seja como for, vamos apurar”.
com MPF