Redação
A Corregedoria da Polícia Militar em Alagoas foi acionada e se comprometeu a apurar a morte do sargento Alessandro Oleszko, que foi baleado na perna por colegas de farda após surtar e tentar agredi-los. A medida foi tomada nesta quarta-feira (13) pelo promotor Magno Alexandre Moura, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos.
Afastado por transtornos psicológicos, o sargento era gaúcho, entrou na corporação em 2006 e atuava no 5º Batalhão. Ele foi atingido na veia femoral, falecendo durante cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE). Deixa cinco filhos de dois casamentos e a atual esposa, também militar.
De acordo com informações, Alexandre teria realizado disparos de arma de fogo em casa, o que ocasionou na ocorrência policial. Ao chegar lá, os agentes o encontraram descontrolado e agressivo com uma arma branca na mão, sendo necessária a medida de contenção, segundo boletim da PM.
“O sargento insistiu na agressão, partiu novamente para cima dos militares, onde foi necessário efetuar dois disparos no chão de advertência. Em um terceiro momento em que o mesmo desobedeceu aos comandos gradativos doutrinários do uso diferenciado da força, para resguardar a integridade física dos militares, foi necessário efetuar um disparo na perna do mesmo para tentar contê-lo e encaminhá-lo para o hospital”, diz o boletim da ocorrência.
Segundo o promotor Magno Moura, é importante o procedimento para saber o que ocorreu no dia e na ação policial. Ele também disse que já está na hora dos policiais em Alagoas usarem as câmeras corporais para filmar as ocorrências, projeto que também é defendido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas.