Redação – Atualizada 14h30
O desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) é um dos alvos da Operação ‘Pecunia non Olet’, deflagrada nesta quinta-feira (4) pela Polícia Federal. A ação acontece em Alagoas e no Paraná.
A informação foi veiculada no Bom dia Brasil, da Tv Globo. O intuito da força-tarefa é combater crimes de corrupção praticados por membros do Poder Judiciário do Estado de Alagoas.
Vale lembrar que o desembargador foi o responsável por suspender a condenação de deputados estaduais envolvidos no esquema Taturana, cujos desvios ultrapassaram R$ 254 milhões, segundo a PF à época.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Alagoas e no Paraná.
De acordo com informações, os outros alvos da operação de hoje em Alagoas seriam o sócio da Faculdade Raimundo Marinho, Antônio Manoel, o juiz Ivan Brito – que já é investigado pela Corregedoria -, o dono de um cartório do Litoral Norte, Vitor Sarmento, o irmão dele identificado por Tiago, além de dois advogados, Felipe de Pádua e Fernando Costa.
A investigação aponta que agentes públicos e advogados intermediaram o retardamento de julgamento e proferimento de decisões favoráveis no interesse de uma empresa do ramo da Educação com a contrapartida de pagamentos de gastos de um magistrado.
Se comprovada a participação, os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de advocacia administrativa, situação em que agentes públicos promovem interesses ilegítimos, solicitando retardamento, ação ou omissão de atos de ofício, em contrariedade aos preceitos e princípios legais.
O vice-presidente do TJAL, desembargador José Carlos Malta Marques emitiu nota de esclarecimento.
“O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) recebeu, nesta quinta-feira (4), comissão de delegados da Polícia Federal (PF) que cumpriam mandados de busca e apreensão relacionados a inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como parte do sistema de Justiça, a Corte estadual colaborou com a missão dos agentes públicos e viabilizou o acesso aos locais, aos setores e aos documentos necessários à apuração de todas as informações solicitadas”, diz a nota.