As grandes teles do país, Vivo, Claro e TIM, encamparam uma disputa acirrada para arrematar os lotes de faixa de 3 GHz da tecnologia 5G, a mais cobiçada no certame realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) nesta quinta-feira (4).
A Claro levou o lote B1, de 80 MHz, por R$ 338 milhões. A Telefônica, dona da marca Vivo, ganhou o lote B2 por R$ 420 milhões. E a TIM conseguiu o lote B3 por R$ 351 milhões.
A faixa 3 GHz consegue levar rápida conexão de internet ao consumidor final e é, no momento, a mais utilizada no mundo para o 5G.
As três teles terão de cumprir obrigações específicas, como expandir para 13 mil quilômetros a extensão de cabos de fibra ótica na região Norte; construir a Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal, para sustentação dos serviços de governo; e “limpar” a faixa que, no momento, é a responsável pela transmissão de TV via parabólica —os usuários de parabólicas terão de ser migrados para faixas entre 10,7 GHz e 18 GHz.
Os lotes B4, C1 e C3 não tiveram interessados.
Nova operadora
A Winity II Telecom Ltda arrematou o primeiro lote do leilão do 5G no país. A operadora de telecomunicação ofereceu pouco mais de R$ 1,4 bilhão para o lote de abrangência nacional da faixa de 70 MHz — com 805% de ágio.
A Winity concorreu com as empresas NK 108 e VDF. Com a vitória, a companhia se tornará a mais nova operadora de telefonia móvel do país.
Regras do leilão
A comissão de licitação da Anatel apresenta os lances iniciais das empresas. Em seguida, as participantes têm cinco minutos para apresentar uma contraproposta com valor, ao menos, 5% superior ao maior lance oferecido até aquele momento.
A Comissão Especial de Licitação da agência considerou as 15 empresas que apresentaram propostas para compra de lotes no leilão de 5G estão habilitadas.
Infomoney