Redação
O advogado Thiago Mota, que realiza a defesa do homem acusado de estuprar a influencer Duda Martins no fim do ano em Maceió, afirmou que os vídeos das câmeras de segurança, as mensagens nos celulares e os depoimentos de testemunhas vão comprovar que seu cliente é inocente. “Talvez estejamos vivendo o caso da grávida de Taubaté de Alagoas”, declarou.
“Os vídeos vão mostrar cabalmente, de maneira que não vão restar dúvidas, que ela saiu caminhando do bar, que entrou caminhando no condomínio onde ele estava hospedado. As câmeras de segurança mostram ela trocando carícias com meu cliente, tanto no hall, quanto nos elevadores”, afirmou o advogado em entrevista à Mix/Folha (Clique aqui para ouvir completo).
Na semana passada, a reportagem entrevistou a advogada Júlia Nunes, que faz a defesa da Duda (escute a entrevista). Thiago Mota disse, porém, que o debate é jurídico e deve o maior respeito e consideração para qualquer vítima de violência.
“Uma mulher que se diz vítima de violência sexual, independentemente se for verdade ou não, ela deve ser tratada com respeito, com acolhimento e todo o tratamento médico que o Hospital da Mulher fornece”, proferiu.
“Não estamos defendendo que um homem possa tocar num fio de cabelo da mulher sem ser autorizado ou se dirigir com grosseria a uma vítima de violência sexual. Não se trata disso, mas estamos falando de uma falsa acusação de estupro, que já destruiu várias vidas, e hoje está com os canhões apontados para um inocente. O pecado dele foi passar as festas de Réveillon em Maceió”, completou Mota.
Os vídeos estão em segredo de Justiça enquanto as investigações da Polícia Civil continuam até a conclusão do inquérito. De acordo com o acusado, um auditor fiscal no Distrito Federal, eles se conheceram através de aplicativo, se encontraram num barzinho, onde ficaram horas bebendo e dançando até o deslocamento ao local no qual ele estava hospedado.
“Como uma pessoa que afirma estar inconsciente, que acordou 4 horas da manhã no sofá de uma pessoa, sobe e desce pelo elevador trocando carícias, conversando normalmente?, questionou o advogado.
“Os dois estavam perceptivelmente alterados porque haviam bebidos, mas ninguém estava inconsciente ou sendo arrastada de forma que fosse impossível resistir ou estivesse sendo forçada”, disse Mota.
Foi negado, também, o crime de furto dos pertences da influencer. Por fim, o advogado criticou a postura de linchamento social e moral antes da apresentação de qualquer prova concreta, citando o caso do jogador Neymar, acusado de estupro e agressão contra uma modelo em 2019, mas que o inquérito apontou incongruências, levando ao arquivamento do caso.
“O suposto acusado deve passar por uma investigação séria e um julgamento justo. É isso que diz a legislação brasileira. Mas, na primeira oportunidade, foi criada uma campanha de marketing digital em cima desse suposto estupro. As redes sociais demonstram. O suposto acusado já é posto como condenado, porque quando se referem a ele, é como monstro, culpado, que deve ser preso, morto”, comentou o advogado.