Da Redação
Secretário de Segurança Pública de Alagoas, Alfredo Gaspar confirmou que pretende disputar um cargo nas eleições deste ano e deve ser candidato a deputado federal. A declaração foi dada ao programa (A)PONTE, realizado em parceria da Folha de Alagoas com a Band Nordeste.
“Estou me encaminhando para ser candidato a deputado federal. Irei buscar esse mandato com independência e baseado nos serviços prestados. Fui 24 anos promotor de Justiça, 13 anos professor universitário, duas vezes secretário de Segurança Pública, portanto, tenho legitimidade e serviços prestados para discutir a melhoria do meu país”, afirmou Gaspar.
Gaspar afirmou também que não se arrepende do apoio do ex-prefeito Rui Palmeira, em 2020, quando o secretário disputou a Prefeitura de Maceió, perdendo no segundo turno para JHC.
“Olhar para trás e fazer avaliação é fácil. Sou muito grato pelo apoio que recebi do governador e do prefeito. Hoje, faria de novo. Porque quem disse que não vota no Alfredo por causa de A ou de B, essa pessoa está completamente equivocada. O Alfredo é a mesma pessoa. Eu não tenho nenhum tipo de relação que não me permitisse tocar os meus próprios projetos.”
No cenário nacional, Gaspar também disse não se arrepender de ter votado em Jair Bolsonaro para presidente nas eleições de 2018.
“Acho que Bolsonaro pecou muito nos excessos, nas brigas infantis, nas temáticas que não precisavam ser trazidas à tona, mas também teve acertos, assim como dá para olhar para outros governos e identificar erros e acertos. Mas não achava justo, naquele momento, que o PT se mantivesse no poder diante de tanta corrupção que foi exposta”, argumentou.
“Hoje, eu tenho que refletir bastante, mas tendo a não votar no Lula, por tudo aquilo que já ocorreu, e cada vez mais me decepciono com algumas atitudes de Bolsonaro. Desta vez, vou votar menos em pessoas e mais em projetos. Vejo o Brasil em uma grande encruzilhada, não é fácil”, acrescentou Gaspar.
Questionado sobre a atuação do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Operação da Lava Jato, o secretário afirmou que a Lava Jato pode ter cometido excessos e deveria ter tido correções de rumo, mas defendeu que é contra o uso dessas situações para enfraquecer a legislação e os órgãos de fiscalização. “O Brasil vai pagar um preço muito caro por esse pós-Lava Jato”, declarou.
Assista a entrevista completa abaixo: