Redação
Na abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, mandou um recado reafirmando a independência dos poderes e que os parlamentares não vão aceitar interferências.
“Quero ressaltar que, independentemente da conjuntura futura, o que o Brasil conseguiu aqui é definitivo. E como Poder mais transparente e democrático da República não permitiremos retrocessos discricionários e quiçá imperiais”, disse nesta quarta-feira (02).
O discurso pode ser entendido como um recado ao ex-presidente Lula, o qual tem sinalizado, caso volte à presidência em 2023, que vai reverter a reforma trabalhista e outras medidas aprovadas nos últimos anos.
“Nunca é demais reiterar a soberania do Parlamento. Aqui, nos últimos anos, muitas conquistas foram construídas e alcançadas com discussão, debate e, principalmente, pelo voto de cada um de nós”, argumentou Lira.
Em sua fala, Lira ainda pediu que todos deixem as discussões sobre as eleições para outubro. “Deixemos os interesses políticos para outubro e agora trabalhemos com ainda mais afinco e unidos para aprovar as medidas que são tão necessárias para o país e para os brasileiros”, ratificou.
“As disputas e tensionamentos devem ficar para o momento de campanha. Agora o momento é união e diálogo porque o país tem pressa” – Lira
Para o alagoano, desemprego e inflação são os desafios a serem enfrentados nos próximos anos, não podendo existir truques ilusionistas ou aventuras temerárias.
Ele também cobrou a continuidade da votação da reforma tributária. “Para instituir o imposto sobre dividendos, reduzir o imposto da pessoa jurídica e atualizar a tabela da pessoa física, reduzindo ou eliminando a exação para a população mais pobre”, defendeu.
Por outro caminho, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, discursou que um dos desafios do ano será a “defesa da democracia” e defendeu que derrotados respeitem o resultado da disputa.