Quem imagina que Renato Moicano tenha ficado satisfeito com a vitória por finalização diante do americano Alexander Hernandez, no card principal do UFC 271, se engana. O peso-leve brasileiro disse, na coletiva de imprensa após a luta, que não estava feliz com a sua atuação.
– Eu fiz o suficiente para vencer, mas meu primeiro round não foi bom. Eu o derrubei, mas não capitalizei em cima disso. Eu treino para, quando derrubar meu oponente, a luta acabar. Parabéns a ele por conseguir se levantar, mas preciso ver a luta novamente para entender o que fiz de errado, e corrigir para as próximas lutas. Normalmente eu sou muito bom naquela posição, e acho que tanto ele foi bem em se livrar, quanto eu errei em alguma coisa ao permitir que isso acontecesse. Foi uma combinação de fatores. Eu esperava um adversário explosivo e completo. Ele teve boas vitórias, nocauteou Beneil Dariush e enfrentou caras muito bons. Mas eu sinto que poderia ter feito mais. Sou melhor do que fui esta noite. Poderia tê-lo finalizado no primeiro round.
Perguntado seu havia tomado conhecimento que Hernandez havia reclamado pela luta ter sido originalmente marcada para o card preliminar do evento, Moicano disse que esse fator não é o mais importante na sua opinião.
– Eu estou no UFC há muito tempo, e já lutei em muitos cards principais. Normalmente eu não luto nos card preliminares, mas isso não importa. O que interessa é lutar, vencer e ganhar dinheiro. Lutar no card principal é legal, porque mais pessoas veem o seu trabalho, você ganha seguidores, mas isso não é o mais importante para mim.
O brasileiro aproveitou a coletiva para se desculpar com Hernandez, por não ter apertado sua mão quando o americano ofereceu o cumprimento durante a encarada na pesagem cerimonial da última sexta-feira.
– Na pesagem cerimonial eu o estava encarando, porque eu queria vencê-lo e finalizá-lo. Mas eu não quis desrespeitá-lo. Eu estava olhando fixamente nos olhos dele, e não vi quando ele me estendeu a mão. Quando vi as imagens nas redes sociais, eu fiquei chateado por isso. Ele é homem, lutador e eu não tive nenhuma intenção de desrespeitá-lo.
Moicano também aproveitou para fazer um pedido ao UFC: colocar seu apelido nas suas roupas de luta, e não mais o seu sobrenome.
– Eu queria pedir uma coisa ao UFC: todos me chamam de “Moicano”, e algumas pessoas não sabem que esse é o meu apelido, e não meu sobrenome. Meu sobrenome é “Carneiro”, mas eu queria que o UFC colocasse “Moicano” nas minhas roupas.
GE