Redação
Sem maiores surpresas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, confirmou que vai trabalhar na reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista publicada nesta terça-feira (15), o alagoano também criticou a postura de Lula, que tem falado em revogar medidas como a reforma trabalhista caso seja eleito.
Lira justificou o apoio a Bolsonaro pela posição do seu partido, o Progressistas, que compõe o Governo Bolsonaro. O deputado ainda citou que o presidente deveria ter se vacinado contra a Covid-19.
“Sim. Acho que é coerente [fazer campanha para o Bolsonaro]. Meu partido dá apoio, o presidente nacional da minha legenda é ministro da Casa Civil. Na democracia, você tem que ter posicionamentos. Não pode ser frágil das situações momentâneas. Onde o governo está errando, a nossa obrigação é fazer com que acerte”, disse Lira ao jornal Valor Econômico.
Lira também disse acreditar que o presidente não deve ganhar a maioria dos votos no Nordeste, mas é possível aumentar o número de apoiadores na região. Historicamente, candidatos do PT dominam a votação presidencial no Nordeste.
“Ele [Bolsonaro] acertando, a população toda se atende com isso. Esse jogo ainda esquenta. Dificilmente o presidente Bolsonaro ganhará no Nordeste, mas pode diminuir a diferença. Nunca tive posições de covardia, nunca fui de me esconder atrás de cortina para não ter posição clara”, afirmou Lira.
Críticas a Lula
Na entrevista, Lira aproveitou para dar um recado ao ex-presidente Lula ao afirmar que a revogação do “teto de gastos” e de reformas comentadas pelo petista não devem passar facilmente pelos políticos de centro-direita do Congresso.
“O Lula está dizendo que vai fazer um monte de coisa, não só isso, né? Que vai extinguir o teto. São coisas de cada candidato, de cada plataforma política. Só queria lembrar que no meio dos presidentes que estão e que serão eleitos tem o Congresso Nacional. E já deixei bem claro: permanecendo um Congresso de centro-direita, nossa vontade é não retroagir nos avanços que a gente já teve. O problema do Brasil é terminar as reformas paradas”, argumentou o alagoano.
*com Agências