O deputado estadual Olim (PP-SP), que foi convidado para ser o relator do caso de Arthur do Val (sem partido) no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo, disse ao blog nesta quinta-feira (10) que a sociedade cobra uma “medida rápida e dura” da situação e que “ninguém vai passar a mão na cabeça” do deputado.
“A cobrança é muito grande. Nós, que somos eleitos pelo povo, precisamos dar uma resposta rápida que com certeza virá com a punição que ele realmente merece”.
Ao blog, Olim confirmou que foi convidado pelo presidente da Alesp para relatar o caso – mas que só falará sobre o processo a partir do dia 18.
Sobre os áudios de Do Val, chamando mulheres ucranianas de “fáceis pois são pobres”, Olim as chamou de “chocantes”. O deputado diz que Do Val terá direito à sua defesa e que a preocupação do conselho de Ética é evitar judicializações do caso. Por isso, vai garantir todo o processo e tramitação regular no conselho.
Cabe ao relator presentar um parecer pedindo uma punição ao deputado- que pode ser uma suspensão, advertência ou cassação – ou o arquivamento do caso.
No entanto, a tendência da Casa hoje é cassar Do Val.
Ao blog, Olim não antecipou sua posição, mas classificou os áudios de Do Val, chamando mulheres ucranianas de “fáceis pois são pobres”, de “chocantes”. O deputado diz que Do Val terá direito à sua defesa e que a preocupação do Conselho de Ética é evitar judicializações do caso. Por isso, vai garantir todo o processo e tramitação regular no conselho.
Nos bastidores, deputados relatam ao blog que Do Val tem procurado parlamentares pedindo ajuda para não ser cassado. Se for cassado, ele fica inelegível por oito anos. Em conversa com um desses líderes, Do Val ouviu, em tom de ironia, que ele poderia começar pedindo ajuda a todos os deputados com quem ele construiu uma boa relação nos últimos anos – num claro recado de que, dificilmente, ele terá ajuda corporativista para escapar de uma perda de mandato já que Do Val é um parlamentar isolado e fez uma carreira política criticando políticos de centro, direita e esquerda – todos, hoje, unidos pela sua cassação.
G1