Redação
Mesmo com a Justiça de Alagoas suspendendo a eleição, a pedido de Gustavo Feijó, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) elegeu nesta quarta-feira (23) seu novo presidente para os próximos quatro anos: Ednaldo Rodrigues, de 68 anos.
A CBF alegou que há uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro permitindo o pleito, já que não foi notificada a tempo pela Justiça alagoana. A entidade já se prepara para tentar derrubar a liminar quando for informada sobre a decisão.
Vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó moveu ação e conseguiu que o juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, da 1ª Vara Cível da Capital, suspendesse a eleição sob pena de R$ 50 mil diária por descumprimento.
Sem a presença da Federação Alagoana de Futebol (FAF), comandada hoje pelo filho de Feijó, o Felipe, os dois clubes alagoanos participantes, CSA e CRB, votaram sim pela eleição de Ednaldo.
Presentes no encontro disseram que o alagoano chegou a sentar na cadeira de Ednaldo e depois saiu do auditório. “Existe uma determinação judicial de Alagoas que nós protocolamos nesta casa. A Comissão Eleitoral não está cumprindo. Espero que o Judiciário veja o que está acontecendo nesta casa”, protestou.
Feijó, em denúncia, acusa na comissão de ética da CBF que houve aumento nos salários dos presidentes das federações estaduais para conseguir eleger Ednaldo. As remunerações saíram de R$ 20 mil para até R$ 70 mil, fora bônus, segundo informação do globoesporte.
Ednaldo substitui Rogério Caboclo, afastado em definitivo por assédio sexual e moral contra funcionários. Marco Polo Del Nero, antecessor, está banido pela FIFA por corrupção, assim como Ricardo Teixeira, que deteve o poder por mais de 20 anos. José Maria Marin também foi condenado pela justiça americana por corrupção.