Redação
O Ministério Público de Alagoas entrou com recurso de apelação após Daniel Galdino Dias, acusado de ser o autor da Chacina de Guaxuma que vitimou quatro pessoas em 2015, ser absolvido pelo júri popular, finalizado na madrugada desta sexta-feira (25).
O crime de repercussão nacional resultou na morte de quatro familiares, incluindo duas crianças, sendo uma de apenas 2 anos. As investigações apontaram a autoria para Daniel, porém, depois de 12 horas de julgamento, os jurados decidiram por inocentar o réu.
O Ministério Público pediu pena de 100 anos de prisão, em regime fechado, por crimes triplamente qualificados, entendendo que ainda seria mínima, mas foi surpreendido com a decisão.
Desde o início, o promotor Frederico Monteiro explicitou que pediria 100 anos de prisão, por se tratar de uma violência gigantesca, e agora seguirá o que permite a lei e entrará com recurso para reverter a sentença.
“O Ministério Público está insatisfeito porque, apesar de cumprirmos nosso papel, de tudo levar à autoria do senhor Danilo aos crimes bárbaros, revoltantes, as sementes de justiça, naquele júri, não germinaram. E não há como aceitarmos, recorreremos, sim, o Ministério Público está para promover justiça e devemos essa à família de Andersson e à sociedade alagoana”, enfatizou Monteiro.
“O crime não chocou somente a sociedade local, mas também as do Brasil afora. O entendimento do Conselho de Sentença não acatando os nossos pedidos, quando estiveram de frente com testemunhas contraditórias, apresentadas pela defesa, de um réu frio, irônico, que também titubeou por diversas vezes em seu interrogatório, causou perplexidade. No entanto, nada para por aqui”, completou o promotor.
*com MPAL