Redação*
Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil informou que responsabilizou a Equatorial e indiciou o gerente operacional da empresa no inquérito sobre a morte do menino Lucas Antônio de Jesus, de 8 anos, eletrocutado ao pisar num fio que estava no chão, em Riacho Doce, no mês de janeiro.
De acordo com o delegado Robervaldo Davino, titular do 6º Distrito Policial (6ºDP) e presidente do inquérito, a empresa foi responsabilizada por não ter estrutura para atender casos dessa natureza e o gerente operacional foi indiciado por homicídio culposo.
O inquérito policial já foi enviado ao Ministério Público. Em seu depoimento, o gerente operacional disse que a Equatorial tem uma norma para esse tipo de atendimento. Porém, o delegado entende que essa norma da empresa não atende à necessidade da população.
“Esse já é o segundo caso com vítima fatal nessa região. Foram negligentes, pois demoraram para realizar o atendimento da ocorrência. Se essa é uma norma da empresa, de acordo com o relato do funcionário, ela é prejudicial para a população. Em razão da falta de cuidado a empresa foi responsabilizada e o gerente operacional indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar”, disse a autoridade policial.
No início do mês, o pai do garoto procurou a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) para pedir ajuda em razão da falta de respostas. Ele disse que sequer foi procurado pela empresa. A OAB cobrou esclarecimentos da Equatorial e da Polícia Civil.
Procurada pela reportagem, a Equatorial emitiu nota.
“A Equatorial Alagoas informa que, por não ter sido comunicada oficialmente sobre a conclusão do Inquérito, não irá comentar o caso. Apenas após tomar conhecimento do teor do documento avaliará a situação para, então, adotar as medidas cabíveis”, disse a assessoria da empresa.
*com PC-AL