Redação
O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) deu prazo de dois dias para que a Prefeitura de Maceió se manifeste sobre a recomendação de cancelamento das festas de São João, mas os gestores pediram um tempo maior para responder.
Isso porque uma reunião presencial vai acontecer nos próximos dias para que a situação seja definida, com apresentação de dados e cenários por parte de técnicos da prefeitura, cuja estimativa é movimentar a economia local em R$ 100 milhões. Por isso, o Município ainda não se pronunciou oficialmente.
Já a Câmara de Maceió aprovou indicação do vereador Marcelo Palmeira para reavaliação de custos do São João. Segundo o parlamentar, o pedido não é para cancelar, mas sim readequar o investimento, pensando nos prejuízos causados pelos temporais.
As 11ª, 15ª e 44ª Promotorias de Justiça da Capital argumentam que não é compatível a realização de eventos dessa natureza após a decretação de situação de emergência por causa das fortes chuvas nas últimas semanas, pois fere o princípio constitucional da razoabilidade.
Por outro lado, o aquecimento socioeconômico com os festejos é citado como defesa para continuidade da programação, que vai contar com shows de artistas renomados, o que deve atrair grande público nos locais, logo beneficiará ambulantes, motoristas por aplicativo, lojistas, etc, bem como trabalhadores do ramo de eventos, duramente castigados pela pandemia.
O Governo do Estado anunciou o adiamento em alguns dias do início das festas enquanto avalia a situação em definitivo. Nos municípios do interior, uma parte dos gestores, como Arapiraca e São Miguel dos Campos, já decidiu pelo cancelamento.