Leonardo Ferreira
A formação de alianças visando às eleições de outubro, com reviravoltas, continua a aquecer os bastidores da política alagoana, com a ‘guerra declarada’ entre o senador Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).
Com Calheiros tentando levar Pedro Vilela (PSDB) para a ala emedebista, Arthur Lira decidiu mandar um recado público através das suas redes sociais nesta quinta-feira (09), o que gerou troca de farpas de ambos os lados.
Primeiro, Lira disse que o Progressistas e o União Brasil estão firmes para cumprir os acordos políticos com o PSDB, mas que se, em Alagoas, houver a quebra do apoio, até a aliança para o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, será deixada. O deputado cita até o ex-governador Teo Vilela.
“Quebrar o que foi acordado em AL terá consequências à aliança, principalmente em SP. Na política, o cumprimento de acordo é fundamental à democracia. Durante oito anos, o senador Renan Calheiros e seu filho Renan Filho criticaram, denunciaram e chamaram de herança maldita o governo de Teo Vilela, do PSDB de AL. Estranho seria ver o PSDB romper o acordo com o PP e o União Brasil de resistência ao Calheirismo no Estado”, afirmou Lira.
“Em acontecendo, o Progressistas e o União Brasil se sentirão alijados na reciprocidade acordada, e deixarão a aliança em São Paulo com o governador Rodrigo Garcia” – Lira
A resposta não demorou. “Quem é Artur Lira para falar da minha amizade de sempre com Teotônio Vilela. A inveja mata e cachorro que late não morde”, rebateu Renan Calheiros.
Pré-candidato ao Senado, Renan Filho também não se conteve e disse que a chantagem de Lira é bem típica da velha política.
“Não encara a realidade e parte para ameaçar lideranças que já perceberam que seu projeto de poder está derretendo para dar cada vez mais espaço a uma Alagoas que é exemplo no Brasil e só orgulha seu povo” – RF
Em entrevista ao Grupo Folha, que vai ao ar pela Band Nordeste no sábado (11), Renan Filho contou que está encaminhada uma participação ou na chapa proporcional ou mesmo na suplência por parte do PSDB e Cidadania.
“Eu tenho dialogado com todos. Dialogamos recentemente com o PSDB e Cidadania, que formaram uma federação. Acho que vai ocorrer é que vamos utilizar os espaços políticos nas chapas majoritárias para fortalecer a aliança e o conteúdo programático dessa aliança também e a viabilidade eleitoral”, relatou o ex-governador.