O primeiro dia da greve da educação no município de Maceió começou com uma assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal). Na luta por reajuste salarial e condições de trabalho, a categoria parou a partir desta segunda-feira (11) e cobra respostas da gestão.
“Só o fato de anunciarmos a greve na semana passada já fez efeito. O Sinteal foi chamado para uma reunião na sexta-feira passada [8]), mas, infelizmente, não houve novidades. Continuam com a proposta absurda de quatro por cento, então, a luta está mantida”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.
A mobilização já começou forte: já no primeiro dia alcançou uma adesão de 70% das/os profissionais da educação da rede. Muitas escolas totalmente fechadas, algumas outras parcialmente. O diálogo com pais e mães vem ocorrendo, reforçando a importância de lutar pela educação e lembrar que está nas mãos do prefeito JHC resolver a situação.
A vereadora Teca Nelma e os vereadores João Catunda e Dr. Valmir compareceram à assembleia manifestando apoio à greve e se comprometendo a trabalhar na Câmara Municipal para defender os direitos das/os educadoras/es de Maceió.
A direção do Sinteal esclareceu que havia a ameaça de envio de projeto de lei para ser votado com o reajuste de 4% (quatro por cento) para todo o funcionalismo, mas que o Sinteal mandaria excluir a educação desse projeto.
“Temos recursos próprios, sabemos que nosso percentual pode ser bem maior que isso e não aceitaremos quatro por cento. Estamos iniciando, agora, a nossa greve, e temos certeza de que dá para conquistar o avanço que merecemos”, explicou Célia Capistrano, vice-presidenta do Sinteal.
A programação de greve aprovada na assembleia foi construída coletivamente, contando com as sugestões da diretoria e complementada pelas intervenções trazidas pela categoria. Será uma luta intensa com atos de rua, mobilizações nas escolas e muito diálogo com a população.
“O recado está dado, e a categoria está com energia para o enfrentamento que for necessário”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.
Consuelo parabenizou a coragem da categoria. “O número de pessoas nesta assembleia mostra a unidade da nossa categoria. E é isso que vai nos dar força para lidar com essa gestão, que tem se mostrado pior que a anterior, massacrando a educação enquanto faz discurso fake no Instagram”.
Ao final da assembleia, foi feito um levantamento geral do quadro de adesão da greve e foram distribuídos cartazes e panfletos para serem distribuídos a pais e mães nas escolas.
Assessoria