Redação, com Agências
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a derrubada do orçamento secreto, aliados do presidente eleito Lula (PT) estariam se unindo para impor uma nova derrota ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), por meio da articulação de uma candidatura que possa vencer o alagoano na disputa pela reeleição do cargo, em fevereiro.
Entre os nomes cogitados para tentar bater o atual presidente da Câmara, estão os dos deputados eleitos Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), além do presidente do União Brasil, Luciano Bivar. As informações de bastidores são da coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo.
A decisão do STF de permitir que o Bolsa Família seja excluído do teto de gastos, seguida da que considerou inconstitucional o orçamento secreto, representou uma derrota surpreendente para Lira.
O político contava com o suporte do PT após a eleição de Lula, quando decidiu apoiar a aprovação da PEC da Transição em troca do apoio petista na tentativa de reeleição para o comando da Câmara.
Com a diminuição do poder de Lira, diversos aliados de Lula teriam decidido abandonar o acordo e buscar um nome próximo para tentar tirar o atual presidente da Câmara do cargo no começo do ano que vem.
Petistas acalmam Lira
Aliados de Lula montaram uma espécie de “força-tarefa” para conversar com Lira. O parlamentar estaria irritado com as recentes decisões do STF.
As duas medidas tiram poder de Lira a menos de dois meses para a tentativa de reeleição dele na Câmara. Enquanto isso, os petistas ainda precisam dele para aprovar a chamada PEC “fura teto”, como ficou conhecido o texto que busca dar espaço ao orçamento de 2023 para ações do plano de governo de Lula.
Sem o orçamento secreto, Lira perde poder de manobra entre os parlamentares. E sem a PEC, ele tem margem reduzida para buscar cargos e espaço no novo mandato petista.















