Da Redação
O ex-secretário estadual de Educação, deputado federal Rafael Brito (MDB), afirmou à Folha que faltou comunicação da Secretaria (Seduc) em relação à situação dos professores contratados que ficaram sem os salários de janeiro por falta de vínculo.
No caso, profissionais contratados por meio dos Processos Seletivos Simplificados (PSS) de 2017 e 2021 foram surpreendidos pela exclusão na folha salarial poucos dias antes do pagamento. Com isso, professores, monitores, vigias e merendeiras entraram na Justiça por seus direitos trabalhistas.
Diante desse imbróglio, Rafael Brito pediu que haja uma reunião entre as partes. “Acho que tem que sentar com as pessoas, negociar uma saída para que todo mundo fique contente. Agora é óbvio que houve por parte da Secretaria uma falha de comunicação, porque se as pessoas fossem comunicadas, nada disso estaria acontecendo”.
Procurado pelos professores, o ex-secretário disse ainda que não pode comentar a fundo porque está por fora das questões jurídicas. A pasta agora é comandada por Marcius Beltrão. No entanto, Rafael Brito comentou sobre alguns fatores e grupos.
“São excelentes profissionais, é uma pena esse processo de contratação temporária, porque termina a educação perdendo grandes profissionais, mas, por outro lado, a gente nomeou, porque eu ainda era secretário, 3 mil professores. Foi o maior concurso da história de Alagoas. Óbvio que com a entrada de mais 3 mil novos professores e a ampliação da carga horária que também liberamos, isso reduz muito a necessidade do Estado ter professores contratados”, afirmou.
“O que eu disse ao governador Paulo foi que o Estado continuará precisando de aproximadamente 1,5 mil profissionais, por questões de carência e ampliação da oferta de matrícula mesmo. Portanto, esses profissionais devem ser recontratados de imediato para o retorno das aulas”, completou.
Na última semana, a Seduc disse que o sindicato da classe entrará com requerimento de suas contestações para que a pasta possa analisar administrativamente o caso questionado. “A Seduc reafirma que o diálogo e a transparência seguirão orientando a gestão da maneira mais acessível e correta possível.”