Redação
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Marcelo Leite e indiciou dois policiais militares pelo homicídio do empresário em Arapiraca. A comissão de delegados apresentou o final dos trabalhos nesta terça-feira (7) e pediu a prisão preventiva dos acusados.
O delegado geral Gustavo Xavier afirmou que eles vão responder por homicídio doloso. Além disso, o comandante da guarnição vai ser indiciado por fraude processual, já que uma arma foi plantada na cena do crime para dizer que os militares agiram por legítima defesa.
Para o delegado Igor Diego, a conclusão também se deu através do depoimento de familiares de Marcelo, que repetidamente dizia odiar armas, assim como pela reprodução simulada.
“Essa comissão entendeu que a arma de fogo nunca existiu dentro do veículo do condutor Marcelo Leite. Ela teria sido colocada no veículo logo após os disparos. Essa conclusão se deu após ouvirmos as testemunhas que estavam em frente ao 3º batalhão, e que visualizaram a ocorrência, bem como o atendimento à vítima”, disse igor Diego.
A arma, vale lembrar, estava em péssimas condições e com a numeração raspada. Um terceiro policial presente na área vai responder em liberdade, mas afastado das funções, já que ele não foi indiciado por homicídio.
“Foi pedida a prisão preventiva porque eles continuam em atividade e condutas como essas maculam a imagem da Polícia Militar e geram descrédito na população. A prisão objetiva evitar que cenas como essa voltem a acontecer”, concluíram os delegados.