A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) coordenou, nesta quinta-feira (23), uma operação integrada entre as Polícias Civil e Militar com objetivo de cumprir oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas.
As investigações foram realizadas pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), da Polícia Civil de Alagoas, e durou um ano, o que demonstra a complexidade da organização criminosa. Ao longo do trabalho investigativo, ficou constatado que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 7,5 milhões em um período de quatro anos de atuação, fruto da comercialização ilícita principalmente de cocaína.
A operação ganhou o nome de Escobar e cumpre mandados em Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo. Além disso, demonstrou-se também, ao longo da investigação, a prática do crime de lavagem de capitais, sendo inclusive usada atividade pecuarista e “laranjas” para tentar mascarar a origem ilícita do dinheiro oriundo do comércio ilegal de entorpecentes.
Ficou também comprovado pelas investigações que os fornecedores das drogas residem nos estados de São Paulo e Minas Gerais e de lá enviavam os entorpecentes para serem distribuídos em Alagoas nos municípios de Maceió, Boca da Mata, Satuba, Palmeira dos Índios, Rio Largo e Barra de São Miguel. A droga também era enviada para a cidade de Caaporã na Paraíba.
Outro ponto a se destacar é que o principal líder da organização criminosa em Alagoas já foi preso em operação do Ministério Público do Estado (MPE/AL) no ano de 2014. Na época, foi apreendido um veículo de luxo, uma arma de fogo e 130 kg de maconha.
Com base nas provas técnicas produzidas pela investigação, a DEIC realizou a representação dos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro de bens, que foram expedidos pela Justiça alagoana por meio da 17ª Vara Criminal da Capital.
A operação ganhou o nome de Escobar devido ao alto valor movimentado pela organização criminosa e pelo principal produto comercializado de forma ilícita ser a cocaína, fazendo alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar, que fundou o Cartel de Medellín e distribuía cocaína para diversos países.
Cumprimento dos mandados
A operação mobilizou mais de 150 policiais nos quatro estados onde ocorre a ação. Em Alagoas, serão cumpridos sete mandados de prisão e 17 de busca e apreensão em Maceió, Boca da Mata, Ibateguara, Satuba, Rio Largo e Palmeira dos Índios. Em São Paulo serão cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um de prisão; em Minas Gerais dois mandados de busca e apreensão e na Paraíba um mandado de busca e apreensão.
Até o momento, sete pessoas foram presas. Em Alagoas foram presas quatro pessoas em Maceió e uma em Boca da Mata. Em São Paulo houve uma prisão e em Minas Gerais uma mulher foi presa em flagrante com documentos falsos.
Também foram apreendidos três carros e uma moto em Alagoas, dois carros na cidade paulista de Ribeirão Preto, bem como apreensão de escrituras de imóveis em Alagoas, que será solicitado ao judiciário o perdimento em favor do Estado.
Redação, com Ascom SSP