Redação
A guerra entre Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) continua movimentando a política em Brasília e colocando Alagoas no centro da disputa. Durante toda a semana, eles utilizaram das redes sociais e imprensa para criticar um ao outro. Tudo isso por conta da instalação das comissões para analisar medidas provisórias (MPs).
No caso, a existência de comissões mistas paritárias, com 12 deputados e 12 senadores, é defendida por Renan, enquanto Lira é contrário. O presidente da Câmara queria manter os deputados na primeira análise das MPs, como era na pandemia, para depois ir ao Senado, o que dava mais poder à Câmara.
“Por unanimidade os líderes apoiaram a volta das Comissões Mistas na análise das MPs. Minha questão de ordem repõe a ordem constitucional, enterra um pendor imperial e atalha a crise institucional. A Constituição não se presta a chantagem e manda em todos nós”, disse Renan.
Já Lira acusou de truculência o Senado, o qual, segundo ele, não pode ser refém de Alagoas e Amapá, em referência a Renan e a Davi Alcolumbre (União). “Posicionamentos políticos locais não deveriam interferir na dinâmica do Brasil. Lamento que a política regional ou local de Alagoas interfira no Brasil”.