Redação
Uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 44 homens trabalhando em situação análoga à escravidão em uma pedreira na zona rural de Murici. Eles viviam em condições degradantes de trabalho e moradia.
A produção de pedras, sobretudo paralelepípedo, fica dentro da Fazenda Cansanção. O local foi interditado por grave e iminente risco à saúde dos trabalhadores. O pagamento parcial das rescisões dos trabalhadores foi até esta terça-feira (11) e deve chegar a R$ 375 mil.
“Eles estão debaixo do sol, sem uma proteção adequada, quebrando pedras com risco de lascas virem aos olhos, sem utilizar óculos de proteção, sem luvas, com botas inadequadas ou mesmo de chinelos”, explica Gislene Ferreira dos Santos Stacholski, auditora fiscal do trabalho.
“Há também outros meios de segurança que não estão sendo verificados, como por exemplo a detonação das rochas. Está sendo feito de forma totalmente improvisada, artesanal e com risco associado muito maior”, completa a coordenadora da ação.
No local, além dos explosivos artesanais, a extração de pedras era feita de forma manual e a céu aberto. Durante a jornada diária de 8 a 9 horas de trabalho, a única proteção contra as altas temperaturas eram estruturas de palha erguidas pelos próprios trabalhadores.