Redação
O senador Rodrigo Cunha (União) criticou, nesta segunda-feira (17), a proposta de aumento do salário mínimo para apenas R$ 1.389 em 2024, num reajuste de 5,2%, conforme apresentado pelo Governo Lula na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para o alagoano, o aumento é muito pequeno: “Irrisório”.
Cunha disse que não dá para aceitar e vai buscar reverter a proposta do governo no Senado. “Eu entendo o esforço da equipe econômica para garantir a estabilidade fiscal do país. Mas para além da visão dos tecnocratas e burocratas, a verdade é que o povo está passando fome”, comentou.
“Em Maceió somente um botijão de gás já custa em média R$ 120 reais. Ou seja, quase 10% deste valor do suposto novo mínimo a ser pago em 2024. E comida, energia, água, roupa? Como que o trabalhador vai comprar? Como a maioria que ganha salário mínimo vai sobreviver? O mínimo tem que ter aumento real, acima da inflação”, completou.
Segundo Cunha, é preciso que o governo estimule o consumo das famílias dando aumento maior e real para o salário mínimo, do contrário, os brasileiros viverão eternamente num círculo vicioso.
“As famílias com pouco dinheiro, não compram ou não pagam suas contas. O comércio não vende e a indústria produz menos. Os estados e prefeituras arrecadam menos impostos. Todos perdem. Não podemos deixar isso acontecer. O governo Lula tem se mostrado aberto ao diálogo”, disse.
Até 2019, o salário-mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.
Nos últimos anos, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário-mínimo.
O novo governo está discutindo uma nova política de valorização real (acima da inflação) do salário-mínimo. “E é por isso que vamos lutar: aumento do mínimo maior que somente a reposição da inflação”, concluiu Rodrigo Cunha.
*com info Assessoria