Redação
Representantes do fundo norte-americano Apollo e da estatal de petróleo dos Emirados Árabes, Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a possível compra da Braskem.
A proposta oferecida é de R$ 37 bilhões, o que impulsionou as ações da empresa, que registraram um aumento de mais de 13% neste mês, enquanto o Ibovespa subiu 6,6%.
O Apollo já havia expressado interesse em adquirir a Braskem no ano passado e formalizou a oferta em parceria com a Adnoc em maio. A proposta foi apresentada aos bancos credores da Novonor (antiga Odebrecht, atualmente em recuperação judicial) e á Petrobras, controladoras da Braskem.
O presidente Lula teve conhecimento do negócio durante um encontro em Abu Dhabi com autoridades responsáveis pelos negócios de petróleo do país. Representantes do BNDES também se reuniram com representantes da petroleira e da Apollo. Nos bastidores, especula-se que o Itaú, um dos bancos credores, esteja pressionando para que a venda para o Apollo seja concretizada.
No entanto, uma grande incerteza paira sobre esse negócio em relação à receptividade da oferta pela Braskem pelo novo governo, que se mostra contrário à desestatização e ainda está definindo qual será o papel da Petrobras.
A estatal tem direito de preferência na aquisição das ações remanescentes da petroquímica pelo preço ofertado pela parte da Novonor e, eventualmente, poderia adquirir a empresa. Recentemente, a Petrobras mudou sua posição em relação à privatização de ativos e à saída de diferentes áreas para a iniciativa privada. Essas informações foram divulgadas pela coluna Broadcast.