Redação*
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja suspenso o inquérito da Polícia Federal que investiga aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), no caso dos kits de robótica. A paralisação, por exemplo, beneficiaria o ex-assessor Luciano Cavalcante, presidente do União Brasil em Alagoas.
A notícia foi trazida pelo UOL. Aras argumenta que a investigação em tramitação na Justiça Federal em Alagoas deveria ter sido enviada ao STF porque detectou suspeitas do envolvimento de um deputado federal, Gilvan Máximo (Republicanos-DF).
O ministro Luís Roberto Barroso, relator do pedido no STF, proferiu decisão na quinta-feira (15) solicitando que a 2ª Vara Federal de Maceió, responsável pelo caso na primeira instância, apresente esclarecimentos em um prazo de 48 horas. Após receber a resposta, Barroso irá decidir a respeito do mérito do pedido.
A PF monitorou encontros de Gilvan com Pedro Magno, suspeito de ser responsável por entregas em dinheiro vivo com dinheiro desviado de contratos do Ministério da Educação, e apresentou relatório sobre essas diligências à Justiça. Esses encontros ocorreram em dezembro, quando Gilvan já era deputado eleito, mas ainda não havia tomado posse no cargo.
Aras argumentou que os relatórios de diligência sobre Gilvan foram juntados aos autos em fevereiro deste ano e, por isso, deveriam ter sido imediatamente remetidos ao STF.
Após tomar conhecimento desse fato, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e solicitou providências sobre o assunto. Aras apresentou sua manifestação ao STF na terça-feira e pediu a paralisação de toda a investigação, até que o Supremo julgue a competência.
*com UOL