O senador Renan Calheiros (MDB-AL) participou na tarde desta quarta-feira (21) da sabatina de Cristiano Zanin, advogado indicado por Lula (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e em sua intervenção promoveu uma verdadeira demolição da Operação Lava Jato, do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), respectivamente juiz e principal procurador naquelas ações que transcorreram na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Renan considerou a sabatina de Zanin um momento histórico do Senado Federal, dizendo-se apenas decepcionado com “discussões estéreis” sobre a relação pessoal do advogado com o presidente Lula (PT). Ele falou ainda da “fragilidade das críticas dos ‘poucos’ que estavam ali contrários à indicação”, dando a entender que questionamentos como os impostos por Moro seriam “um debate insignificante, quase desprezível”.
Ainda em sua fala, o senador alagoano disse que todos sabem diferenciar “os que usam e abusam das prerrogativas para manipular” dos “estadistas”, colocando Zanin e Lula neste segundo grupo, ressaltando a “batalha meticulosa, silenciosa, solitária e humilde na defesa jurídica da democracia” do indicado ao STF, que segundo ele foi um dos responsáveis por “dia a dia expor as vísceras da Lava Jato por meio de diálogos promíscuos” e de uma “montanha de transgressões, de vícios e manipulações”.
O parlamentar alagoano ainda chamou Deltan Dallagnol de “um dos expoentes desse modelo corrompido” e disse que teria “fugido do CNMP por ter cometido fraudes e ser alvo de uma enxurrada de processos”. Moro também foi alvo das considerações de Renan, que o chamou de “figura alegórica” do universo da Lava Jato, prevendo que ele terá o mesmo destino de Dallagnol. Ou seja, a cassação.
Por fim, Renan Calheiros ainda previu que a dupla de Curitiba “terá direito à ampla defesa, à paridade de armas e ao contraditório, premissas sagradas que eles tanto negaram em sua ânsia pelo poder”.
Revista Fórum