O aspartame, adoçante artificial que está na composição da Coca-Cola Zero, está sendo avaliado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), para saber seus riscos para a saúde humana.
De acordo com a Agência Reuters, a substância será classificada como “possivelmente cancerígeno para humanos”. Em julho, a OMS deve fazer um anúncio em que será revelado oficialmente os riscos do componente.
Os adoçantes artificiais já são alvo de pesquisas da OMS há alguns anos. Em um revisão divulgada em 15 de maio de 2023, a Organização sugeriu que eles podem ter “efeitos indesejáveis potenciais” associados ao uso a longo prazo, como o maior risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.
Os mais conhecidos entre os citados pela OMS na data são: acessulfame de potássio, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, stevia e seus derivados. O aspartame também foi citado na lista.
Usado desde a década de 1980, o aspartame foi avaliado em 1951 pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS/FAO (JECFA), que avalia os riscos para produtos químicos e aditivos em alimentos. Contudo, ele nunca foi avaliado pelas monografias da Iarc, um programa que identifica risco de câncer em componentes e alimentos.
Novos resultados de pesquisa indicaram a recomendação para avaliar o adoçante como alta prioridade tanto pelo programa de monografia da Iarc quanto para o JECFA, avaliações complementares. A primeira avaliará a o potencial efeito carcinogênico do aspartame (identificação de perigo), enquanto o JECFA atualizará seu exercício de avaliação de risco, incluindo a revisão da Ingestão Diária Aceitável e avaliação da exposição à dieta de aspartame.
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