Redação
Esta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) aprovou o requerimento para investigar o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), acusado de disponibilizar recursos para pagamento de alimentação, lonas e até aluguel de ônibus para manifestantes do MST.
Foram convocados para depoimento o diretor-presidente do Iteral, Jaime Messias Silva, e o então gerente executivo administrativo do mesmo órgão, José Rodrigo Marques Quaresma. Eles devem ir a Brasília muito em breve.
O requerimento de convocação foi apresentado pelo deputado alagoano Fábio Costa (PP), que é membro da CPI. Para o parlamentar, é preciso esclarecer se houve utilização de recursos públicos para financiar atividades do MST e os vínculos dos manifestantes com o Estado.
“Não podemos permitir que recursos destinados ao desenvolvimento e ao bem-estar da sociedade sejam canalizados para práticas ilícitas que prejudicam a ordem e a segurança em nosso país”, explica Fabio Costa.
O suposto envolvimento do Iteral foi revelado durante diligência da CPI em Alagoas, realizada no dia 11 de agosto. Uma das constatações mais preocupantes foi a destinação de aproximadamente R$ 6 milhões a uma única empresa de transporte, sem o devido processo licitatório.