Redação*
Um grupo de trabalho conjunto está sendo criado para estudar os tremores de terra que têm ocorrido no município de Arapiraca, de modo que se possa descobrir se a causa é natural ou provocada por intervenção humana.
A decisão pela elaboração do grupo foi tomada nesta terça-feira (17), em reunião no Ministério Público de Alagoas, que acompanhará, por meio da 11ª Promotoria de Justiça, as atividades com a finalidade de proteger o meio ambiente e a segurança da população.
A Defesa Civil, por exemplo, terá que levantar as áreas de risco onde ocorreram os abalos. Já os geólogos das universidades cuidarão da parte técnica, inclusive, estudando a exploração de uma mineradora que atua em Craíbas na extração de ferro e cobre.
“De antemão, posso assegurar que não há motivo para pânico neste momento. É normal acontecer a movimentação das rochas e o seu fissuramento, então, o que temos que avaliar é se o que ocorreu está dentro do processo natural ou, se fato, foi algo provocado por fator externo”, explicou a professora Rochana de Andrade, geóloga da Universidade Federal de Alagoas.
“Dentre outras coisas, iremos pedir ajuda ao laboratório de cismologia da Universidade do Rio Grande do Norte e estudar os relatórios da mineradora e fazer um comparativo com os dias de exploração e as datas que ocorreram os tremores”, completou ela.
Segundo o secretário municipal de Ordem Pública de Arapiraca, Enio Bolivar, no novo encontro agendado para o dia 16 de novembro, o grupo de trabalho já deverá trazer os primeiros resultados das missões dadas a cada uma das instituições.
“Viemos ouvir as primeiras explicações técnicas para, a partir de agora, podermos começar a monitorar essa situação. Estiveram presentes a Ufal, Uneal, IMA, Defesas Civis do Estado e de Arapiraca, Defensoria Pública da União e a própria Prefeitura de Arapiraca, ou seja, todos os atores envolvidos que podem intervir e contribuir com o trabalho em busca da resolução dessa demanda”, afirma o promotor Cláudio Teles.
*com Ascom MPAL