Redação*
A Comissão de Educação e Cultura discutiu em audiência pública a PL 3483/2023, que inclui no calendário nacional a comemoração do Rosh Hashaná, primeiro dia do Ano Novo, o Yom Kipur, Dia do Perdão, e o Eid al-Fitr, Fim do Ramadã. A proposta apresentada pelo senador Astronauta Marco Pontes (PL-SP), aguarda o relatório do senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Para o diretor da Confederação Israelita do Brasil, Luiz Kignel, o projeto é uma forma de combater a islamofobia e o antissemitismo. “Dois povos, duas religiões estão no mesmo projeto de lei. O efeito não seria o mesmo, quando a gente volta pros nossos tempos, nós contamos que ‘olha, de uma mesma data, de um mesmo evento, todo mundo junto, muçulmanos e judeus tiveram suas datas religiosas respeitadas’, isso é uma mensagem, isso é uma resposta maior à comunidade. E nos facilita sim num trabalho contra a islamofobia e contra o antissemitismo”, disse o diretor.
O presidente do Instituto pelo Diálogo Intercultural, Mustafa Goktepe, disse que o reconhecimento das celebrações promove a convivência pacífica, o diálogo e respeito entre os povos. Já o Sheikh Mohamad Al Bukai da Mesquita Brasil pediu que também fosse incluída no projeto a Festa do Sacrifício, onde se celebra a fé de Abraão e a sobrevivência do filho Ismael, ele afirmou que com a aprovação do projeto, os fiéis se sentirão mais seguros.
“Os mulsumanos já são brasileiros, a comunidade islâmica já é uma comunidade brasileira, então com certeza esse projeto de lei traz pra eles mais orgulho, se sentindo mais seguros de processar a sua fé de uma forma respeitosa”, expressou o Sheikh.
/Agência Senado