Da Redação
Porta arrombada e uma frase: “fui agredida e jogada ao chão”. Esta cena foi classificada pelo vereador Siderlane Mendonça como “coisa de marido e mulher”, na sessão da Câmara de Vereadores de Maceió, desta quarta-feira (22).
O ex-líder do prefeito JHC minimizava a ocorrência de suposta violência doméstica cometida pelo irmão do prefeito, Dr. JHC, contra a noiva Isadora Martins, no último sábado.
A fala foi prontamente repudiada pela vereadora Teca Nelma (PSD) que lamentou que um vereador de Maceió considere uma violência contra a mulher algo “menor”. “Pior é vir aqui e dizer que não houve nada e que isso é coisa de marido e mulher”, condenou Teca sobre fala de Siderlane Mendonça.
O vereador reclamava da prisão disciplinar dos policiais militares acusados de “desídia”, ou seja por terem sido negligentes e perdido a guarda da vítima que entrou no carro do subtenente Cabral, tido como motorista do prefeito JHC. O militar lotado no Gabinete do prefeito sumiu com Isadora Martins por cerca de 45 minutos. Quando chegou na Central de Flagrantes, Isadora desistiu de denunciar.
Nota do vereador
O vereador Siderlane Mendonça esclarece que em nenhum momento minimizou qualquer suposto caso de violência doméstica. Pelo contrário: afirmou que a lei Maria da Penha deve, sim, ser cumprida efetivamente, nos casos em que se aplica.
Além disso, tratou de forma objetiva sobre o que considera uma injustiça contra os policiais militares envolvidos na ocorrência, que seguiram o procedimento padrão de levar a denunciante para a delegacia.
O vereador Siderlane ainda lamenta que um suposto áudio do serviço Disk Denúncia – que deveria ser sigiloso e proteger vítimas de violência contra a mulher – seja divulgado, afrontando aa mulheres e fragilizando a credibilidade de um serviço que resguarda vidas.