Redação*
Com a ampliação das exigências de eficiência energética para geladeiras e congeladores fabricados e vendidos no país pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a Eletros, associação que representa a indústria de eletrodomésticos, criticou o rigor das regras e o prazo de implantação, considerado curto pela entidade.
De acordo com a associação, a “comercialização predominante” se tornará de geladeiras de alto padrão, “custando em média de 4 a 6 vezes o salário mínimo nacional”, o que corresponde a um preço entre R$5.280 e R$7.920.
Em comunicado à imprensa sobre as regras anunciadas, o diretor da Eletros, Renato Alves, explicou que “ é necessário considerar a realidade brasileira. Infelizmente, com as novas regras, o consumidor de baixa renda será o mais prejudicado e, consequentemente, a indústria e seus colaboradores. Desinvestimentos e perda de centenas de postos de trabalho podem ocorrer nos próximos meses. Apresentamos ao governo estudos técnicos mostrando este cenário ruim para a economia do país, porém, infelizmente, não foram considerados”.
Mudança começa em janeiro
Conforme a resolução, tanto a fabricação quanto a importação desses produtos devem obedecer às novas exigências a partir de 1º de janeiro. A venda dos refrigeradores seguindo o padrão atual poderá se estender até o fim de 2024 para fabricantes e importadores, e até o final de 2025 para atacadistas e varejistas.
Como o aperto das exigências se dará em duas etapas, a transição estará completa a partir de janeiro de 2028. “A nova resolução vai garantir que, a partir de 2028, os produtos que estarão disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes que os disponíveis hoje no mercado nacional”, diz uma nota publicada pelo MME no dia 8 de dezembro.
Segundo o MME, o novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, de uso doméstico, tem como objetivo economizar eletricidade. Para o consumidor, aparelhos mais eficientes permitiriam uma redução no gasto com a conta de luz.
/Com informações do EXAME