Redação*
A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE/PR) emitiu parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) e inelegibilidade do ex-juiz. Segundo o órgão, houve abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
A chapa de Moro foi acusada em duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) de caixa dois, utilização indevida de meios de comunicação social, além de abuso de poder econômico. As ações foram protocoladas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV).
No parecer divulgado nessa quinta-feira (14) pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado rejeitaram as acusações de uso indevido de comunicação social e de caixa dois. Contudo, entenderam que houve abuso de poder econômico devido ao gasto de pelo menos R$2 milhões durante a pré-campanha, feito com investimentos conjuntos do Podemos e do União Brasil.Brasil.
O relatório indica que o valor total gasto durante a pré-campanha de Moro equivale a 110% da média dos investimentos feitos por todos os candidatos ao Senado no Paraná ao longo da campanha eleitoral.
O que dizem os citados
Sérgio Moro
O advogado de Sérgio Moro, Gustavo Guedes, afirmou que respeita, mas discorda do parecer, já que os procuradores consideraram gastos fora do Paraná e de natureza não eleitoral como parte dos gastos da pré-campanha.
“A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá”.
PT
Já o representante do PT na ação, o advogado Luiz Eduardo Peccinin, afirmou que o parecer reconheceu que Moro violou a lei e “trapaceou para vencer as eleições”.
“Temos certeza que a Justiça Eleitoral do Paraná não se furtará a sua história de intransigência com o abuso de poder, cassando e declarando a inelegibilidade de Sérgio Moro e seu suplente”.
PL
Os representantes do PL, advogados Guilherme Ruiz Neto e Bruno Cristaldi, afirmaram que a ação evidencia a gravidade do abuso de poder econômico durante a pré-campanha dos investigados.
“Ainda assim entendemos que o parecer, por mais que favorável, deveria ter sido mais severo em relação a muitos outros pontos que foram relevados. Aguardamos o julgamento do TRE/PR, no qual o parecer deve ser recebido com peso diferenciado”.
/Com informações do G1