*Redação
Nesta terça-feira (5), são ouvidos, entre os nove especialistas convocados a depor, três alagoanos. João Abel Galindo Marques e Natallya de Almeida Levino são professores da Universidade Federal de Alagoas. Além deles, José Geraldo Marques também deverá comparecer ao momento. Ele, que é ativista e doutor em Ecologia, também foi uma das vítimas da evacuação dos bairros atingidos pela mineração da Braskem.
José Geraldo e Abel Galindo são autores do livro “Rasgando a Cortina de Silêncios: o lado B da exploração de sal-gema em Maceió”. O engenheiro civil Abel é professor aposentado da UFAL e autor dos três requerimentos de convocação. José teria sofrido pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, ligada à Braskem, e enfrentado muitas reações por criticar a decisão do governo da época pela implantação da indústria.
Natallya de Almeida Levino, também engenheira e professora Ufal, é coordenadora de uma pesquisa sobre as dimensões econômica, social e ambiental da subsidência (movimento, relativamente lento, de afundamento de terrenos) que atinge cinco bairros de Maceió. Segundo o relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), eles deverão apresentar estudos sobre as consequências da extração do sal-gema pela Braskem na cidade de Maceió.
De acordo com membros do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), a CPI deveria ter outra dinâmica, diferente do plano de trabalho apresentado pelo relator, Rogério carvalho (PT-SE). Na opinião deles, a CPI da Braskem deveria chamar primeiro as vítimas, para só depois ouvir os argumentos e as explicações do presidente da empresa.
A CPI, cujo presidente é o senador Omar Aziz (PSD-AM), foi criada através do requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em Maceió.
/Agência Alagoas