*Redação
No último domingo (7), Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou a inclusão do empresário Elon Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas. A decisão veio após uma série de postagens feitas pelo dono do X (antigo Twitter) contra a decisão de Moraes em bloquear contas de usuários investigados. “Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?”, confrontou Musk.
O biolionário alegou que liberaria as contas banidas por decisão do ministro, fato esse que pode beneficiar uma série de influenciadores e expoentes do bolsonarismo que estão com seus perfis suspensos, como Luciano Hang, dono da Havan; Allan dos Santos, blogueiro; Daniel Silveira, ex-deputado cassado; Monark, youtuber; e Oswaldo Eustáquio, também blogueiro.
Alexandre decidiu que rede social deve se abster de desobedecer qualquer ordem judicial já proferida pelo STF ou pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele alega que a medida se justifica pela “dolosa instrumentalização criminosa” da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. Além disso, estipulou multa de R$ 100 mil para cada perfil que Elon Musk reativar irregularmente.
“A conduta do X configura, em tese, não só abuso de poder econômico, por tentar impactar de maneira ilegal a opinião pública, mas também flagrante induzimento e instigação à manutenção de diversas condutas criminosas praticadas pelas milícias digitais”, afirmou Moraes.
Musk alega que as “multas pesadas” aplicadas pelo ministro estão fazendo a rede social perder receitas no Brasil, por esse motivo, o dono da Tesla ameaça fechar o escritório do X no país. “Esse juiz tem traído repetidamente e descaradamente a constituição e o povo do Brasil”, escreveu o bilionário. “Ele deve renunciar ou ser alvo de um impeachment”, completou.
A filial brasileira da plataforma X ainda aguarda instruções da sede nos Estados Unidos sobre como prosseguir juridicamente em relação às recentes decisões tomadas por Moraes.
/com agências