Redação
Faltando um mês para apresentação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o trabalho deve recomendar a revisão de acordos firmados entre o poder público e a petroquímica como forma de indenização pelos danos causados em Maceió.
A conclusão foi adiantada pelo senador e relator Rogério Carvalho (PT-SE) ao jornal Estadão. Entre essas revisões, está o mapa de realocação, o qual a CPI deve pedir a inclusão do Bom Parto e Flexais, excluídos desde o início e tendo que se contentarem com migalhas de compensação.
Essas localidades não estão no risco iminente de colapso, mas ficaram isolados socioeconomicamente com a evacuação de seus bairros vizinhos, causando insegurança, desvalorização e outros problemas aos moradores, que desde 2020 reivindicam direitos.
Esta semana, a CPI vai ouvir técnicos e representantes de empresas que prestaram serviços de consultoria para a mineradora. No começo de maio, haverá finalmente a inspeção in loco a Maceió, para que, assim, os senadores finalizem a investigação e façam o relatório final.
“Com relação à revisão e a abrangência dos acordos sobre os atingidos, nós estamos praticamente finalizando o trabalho”, afirmou Carvalho ao Estadão, acrescentando: “Precisamos apenas preparar o relatório para ter maior consistência.”