Redação
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil para pedir a suspensão do concurso público da Prefeitura de Lagoa da Canoa, no interior alagoano, diante das suspeitas de irregularidades no processo, cujas provas aconteceram em fevereiro deste ano.
No caso, o resultado do concurso trouxe a aprovação de parentes de pessoas ligadas à atual gestão municipal, bem como à comissão organizadora do concurso público, o que coloca em dúvidas a lisura e a credibilidade do certame.
Além disso, houve a divulgação de gabaritos de forma equivocada, sendo retificado duas vezes; a inobservância do calendário proposto no edital; e o descumprimento de normas do edital, já que candidatos teriam ingressado na sala com relógio e garrafa de água colorida, o que não poderia.
Para completar, as provas de procurador e assistente jurídico (saúde e educação) estavam idênticas, embora as funções e as responsabilidades sejam diversas, bem como os conteúdos programáticos eram diferentes.
Diante dessa situação caótica, o MPE instaurou procedimento investigativo. Demandada, a banca responsável, o Instituto Bahia, se limitou a dizer que seguiu todas as normas do edital. Na ação, o órgão ministerial cita diversos parentes de organizadores que estiveram na prova, entre filhos, netos, sobrinhos.
Com isso, o MPE pede à Justiça a imediata suspensão do concurso público até o julgamento do mérito. O Município de Lagoa da Canoa é gerido, vale lembrar, por Tainá Veiga (PP), que está no fim de seu segundo mandato.