Redação
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem está na sua reta final e vem a Maceió nesta quarta-feira (8). Também estão sendo colhidos os últimos depoimentos para que o trabalho seja finalizado até a próxima semana, no dia 15.
Hoje (7), o colegiado de senadores aprovou a quebra de sigilo telemático, fiscal e bancário do engenheiro Paulo Roberto Cabral de Melo, que foi o responsável técnico pelas minas de 1976 a 1997, atuando, ainda, como consultor da mineradora. A medida vem após ele faltar à convocatória sem dar explicações.
Depois, foi descoberto que Paulo Cabral conseguiu um habeas corpus por meio do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, isso daria o direito dele ficar em silêncio e não a faltar ao depoimento.
Com a quebra de sigilo, a CPI poderá acessar os registros de ligações telefônicas e seu tempo de duração, mas não o conteúdo das comunicações. Também receberá documentos e e-mails armazenados no Google e informações sobre suas contas no aplicativo WhatsApp e em redes sociais.
Portanto, o único a ser ouvido hoje foi o ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Thales de Queiroz Sampaio, que já compareceu à CPI em março. Segundo ele, os danos poderiam ter sido evitados se as empresas responsáveis pela mineração na região tivessem observado as normas de segurança.
“Ele [Cabral] deve ser trazido coercitivamente na próxima sessão, que vai ser na terça-feira. E amanhã, nós vamos a Maceió, fazer uma visita na área afetada pela Braskem, vamos a todos os bairros e depois deveremos ter uma reunião no Ministério Público, e conversar com alguns moradores, para a gente encerrar essa fase de instrução visando o relatório final”, disse o relator Rogério Carvalho (PT-SE).
“Nós temos essa visita in loco e, na semana que vem, temos uma sessão de oitiva com duas pessoas, sendo dois diretores da Braskem, e na quarta-feira devemos apresentar a primeira versão do relatório para no dia 21 a gente voltar à discussão”, completou o senador.