Redação
Únicos parlamentares a votarem contra a concessão do empréstimo de R$ 400 milhões à prefeitura de Maceió, Joãozinho (MDB) e Teca Nelma (PT) questionaram a sequência de recursos requisitados pela gestão JHC (PL) nos últimos anos. Os edis pedem transparência.
“Em 2021, a prefeitura utilizou um empréstimo de R$ 25 milhões. Em 2022, foram feitos dois empréstimos, sendo inicialmente no valor de R$ 200 milhões e outro no valor de 40 milhões de dólares. Em 2023, foi feito um empréstimo de R$ 250 milhões”, enumerou Teca Nelma.
“A nossa Câmara já aprovou mais de R$ 1 bilhão em empréstimos em quatro anos feitos pela prefeitura de Maceió”, completou Teca, que citou também os R$ 900 milhões já pagos pela Braskem como reparação ao erário municipal pela tragédia no Caso Pinheiro.
Já Joãozinho acrescentou que ainda houve os R$ 266 milhões liberados recentemente pela Justiça no que se refere à concessão da BRK Ambiental. “Eu quero transparência do município. Temos que cobrar sim, independente se somos oposição ou não”, disse.
Outro lado
Vereadores da base do prefeito JHC, por sua vez, saíram em defesa do empréstimo e da gestão municipal. Líder do governo, Chico Filho (PL) destacou que Maceió é a sétima capital brasileira mais equilibrada financeiramente.
“Maceió tem apenas 15% de endividamento das receitas. O Município tem uma condição favorável para contrair novos empréstimos para a realização de obras como o novo Mercado da Produção do Benedito Bentes, as obras de contenção marítima e nas encostas da cidade”, argumentou Chico.
Além de Leonardo Dias (PL) e Marcelo Palmeira (PL), quem também discursou foi Siderlane Mendonça (PL): “Eu nunca vi a cidade de Maceió ser tão desenvolvida”.