Leonardo Ferreira
Em cinco meses de 2024, os nove deputados federais que representam Alagoas na legislatura 2023-2027 já utilizaram, juntos, quase R$ 5,5 milhões dos recursos que possuem à disposição para o mandato. Isso, claro, não inclui o salário de deputado, que, atualmente, está em R$ 44 mil.
Mais precisamente, foram R$ 1.140.097,48 gastos com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular, e R$ 4.337.061,40 com a verba de gabinete, para pagar os salários de até 25 secretários parlamentares.
Na cota da atividade parlamentar, a divisão de gastos ficou da seguinte maneira: R$ 526 mil em divulgação; R$ 237 mil em aluguel de veículos; R$ 205 mil em passagens aéreas; R$ 69 mil em combustível; R$ 69 mil em manutenção de escritório; e mais R$ 31 mil em outras despesas.
Nos quatro primeiros meses, quem apresenta a maior soma é Fábio Costa (PP), com R$ 197.345,70, seguido por Marx Beltrão, também do PP, com R$ 184.180,06. Na outra ponta, está Arthur Lira (PP), mas que tem a situação da presidência da Casa. Tirando ele, está Rafael Brito (MDB), com R$ 79.481,01.
Da verba de gabinete, os alagoanos gastaram 97,39% do valor disponível, que é de R$ 125 mil por mês para cada deputado, abrindo mão somente de 2,61%, índice bem abaixo da média geral, que é de 14% não utilizado.
Na questão da moradia, oito deputados alagoanos usam do apartamento funcional oferecido pela própria Câmara. Apenas Alfredo Gaspar (União) recebe o reembolso mensal de R$ 4.253,00, já que existem 432 imóveis da Casa Legislativa, mas há 513 deputados. Ou seja, 81 ficam com o auxílio-moradia.